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girl on film

by ana sofia santos

15
Mai23

"All Empires Fall". Teaser para a segunda temporada de "Foundation"

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Baseado nos romances premiados de Isaac Asimov, "Foundation" narra a história de um grupo de exilados na sua jornada monumental para salvar a humanidade e reconstruir a civilização apesar da queda do Império Galáctico. Do elenco de "Foundation" fazem parte Jared Harris e Lee Pace, ao lado das estrelas em ascensão Lou Llobell, Leah Harvey, Laura Birn, Cassian Bilton e Terrence Mann, a segunda temporada apresenta novas personagens e estrelas, incluindo Isabella Laughland (Brother Constant), Kulvinder Ghir (Poly Verisof), Ella-Rae Smith (Queen Sareth of Cloud Dominion), Holt McCallany (Warden Jaegger Fount), Rachel House (Tellem Bond), Nimrat Kaur (Yanna Seldon), Ben Daniels (Bel Riose) e Dimitri Leonidas (Hober Mallow).

"Foundation" é produzido para a Apple pela Skydance Television e liderado pelo showrunner e produtor executivo David S. Goyer, com Alex Graves, David Ellison, Dana Goldberg, Bill Bost, Robin Asimov e Marcy Ross também a assumirem o cargo de produtores executivos. 

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14
Mai21

Ewan McGregor é Halston na série Netlix

A história desconhecida da ascensão e queda meteórica do primeiro - famoso - estilista de moda norte

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Ewan McGregor interpreta o icónico estilista na série limitada e assinada por Ryan Murphy sobre o lendário designer que revolucionou a moda americana.

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Roy Halston Frowick alcançou a fama internacional em meados da década de 1970 quando se tornou o nome internacional que definiu a era do Studio 54. Conhecido por seus designs minimalistas e limpos, Halston era conhecido por criar um estilo de vida urbano e descontraído para as mulheres americanas. Presença regular no Studio 54 com seus amigos próximos - Liza Minnelli, Bianca Jagger e Andy Warhol.  Depois de várias decisões imprudentes no que aos negócios diz respeito, Halston acabou por perder o controle da sua casa de moda na década de 1980 e morreu de cancro [relacionado com o facto de ser seropositivo] em 1990, aos 57 anos.

 

 

"Ele sempre foi uma grande figura importante na minha mente - uma representação de alguém que veio de origens humildes e que passou a fazer algo incrível com a sua vida (...) A maior tragédia de Halston foi o facto de que morreu praticamente sozinho. Estava com a sua família, mas sentia-se meio exilado não apenas do mundo da moda, mas do mundo inteiro. Uma das coisas mais comoventes que assistimos nos seus tempos finais e aquele que é um dos seus últimos actos foi a compra de um Rolls-Royce conversível. Com um motorista, limitou-se simplesmente a subir e descer a Pacific Coast Highway - pela primeira vez na sua vida foi inspirado e não teve que traduzir essa inspiração numa colecção.

- Ryan Murphy para a Vogue.

Junto com McGregor no elenco estão Rory Culkin como Joel Schumacher, Rebecca Davan como Elsa Peretti, David Pittu como Joe Eula, Krysta Rodriguez como Liza Minelli, Sullivan Jones como Ed Austin, Gian Franco Rodriguez como Victor Hugo e Dilone como o super modelo Pat Cleveland.

Já disponível no catálogo Netflix.

 

 

28
Nov18

John Malkovich como Hercule Poirot na BBC

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The ABC Murders é o título da adaptação em três partes da história clássica de Agatha Christie. Neste projecto BBC, John Malkovich será Hercule Poirot e Rupert Grint, o Inspetor Crome mas também fazem parte do elenco Andrew Buchan (Broadchurch), Eamon Farren (Twin Peaks), Tara Fitzgerald (Game of Thrones), Bronwyn James (Harlots), Freya Mavor (The Sense of an Ending), Shirley Henderson (Harry Potter), Kevin McNally (Pirates of the Caribbean), Gregor Fisher (Love Actually) e Jack Farthing (Poldark e The Riot Club).

 

 

25
Set17

Better Things | A genialidade de Louis C.K. e a excelência de Pamela Adlon



[texto original em c7nema]

Criada por Pamela Adlon e Loius C.K., a série FX é uma espécie de comédia autobiográfica. Better Things conta a história de Sam (Pamela Adlon), uma actriz, mãe divorciada que sozinha, cria três filhas. Longe de ter a vida glamourosa de uma actriz de Hollywood, Sam esforça-se para encontrar trabalho de forma a poder pagar as contas e cuidar das três filhas: Max (Mikey Madison), Frankie (Hannah Alligood) e Duke (Olivia Edward). A sua mãe, Phyllis (Celia Imrie), vive ao lado e continua a ser uma presença quase constante na vida da filha e das netas, mas a Phyllis só é permitido aparecer  quando é convidada.

A comparação (saudável) à saudosa Louie é inevitável: a abordagem aos bastidores do show business e às personagens características e peculiares do meio, o realismo das relações humanas e a cinematografia. 

Mas é na personagem principal e criadora, Pamela Adlon que está a majestade deste projeto.  Adlon, atriz, autora, realizadora, produtora é atualmente um dos rostos mais importantes da comédia norte-americana. Se Louis influenciou Adlon, ela também lhe fornece fonte inesgotável de inspiração. É uma parceria e tanto!

Em Better Things não há a habitual frustração parental que se concentra na mãe como uma mártir em vez de ser exposta como um ser humano real com ideais, desejos e necessidades. A Sam Fox interpretada por Pamela Adlon é explicita no seu monólogo interno e é muito fácil compreendermos as suas motivações. Os seus pensamentos são muitas vezes apresentados através de storytelling, uma técnica tão familiar aos fãs de Louie.




Better Things é, no entanto, uma experiência mais íntima do que Louie e é importante notar que a maternidade apesar de ser o foco central da série, não assume a totalidade do argumento. É que mesmo quando Sam é exposta às exigências das filhas, do trabalho e dos amigos, o ponto de vista da personagem principal permanece claro, a sua posição é explicita e as suas prioridades não são ocultadas. 

Feminista, sem extremismos, a série FX mostra uma mãe que encoraja as filhas a seguirem os seus sonhos e a serem fiéis a si próprias. Os ideais feministas, são espelho do próprio ativismo de Adlon e não é claramente  uma opção de marketing da série, está impresso no próprio ato de escrita.

Sam é uma mãe maravilhosa a sua abordagem perante a parentalidade é bastante inocente e por vezes árdua. Dedicada às filhas e respeitadora das suas peculiares formas de ser e de estar, tem como objetivo máximo que as três jovens se tornem boas pessoas e não apenas crianças bem comportadas. Mas a série nunca entra em território lamechas, o potencial de sentimentalismo é invariavelmente interrompido por alguns dos aspectos mais realistas da vida de Sam, como a difícil missão de encontrar "cinco" preciosos minutos para se masturbar.




Tudo isso é inspirado pela vida real de Adlon - que na vida real é mãe solteira de três filhas - e é esta ligação à realidade que torna Better Things crua, real e muito engraçada. As miúda são extraordinárias. São as crianças / adolescentes mais humanas da televisão atual. As suas histórias, vivências e gostos complementam o argumento de forma sublime. Uma é pura e inocente, outra tenta descobrir a sua sexualidade e orientações políticas e a mais velha é a típica adolescente que acha que já é adulta. 

Em cada episódio de Better Things, Sam lida com crises do dia-a-dia e no meio da "vida diária", actores conhecidos, como Julie Bowen, Constance Zimmer e Bradley Whitford, têm cameos deles próprios ou interpretam versões de si próprios.

"Escrever o que se sabe e conhece" é uma das regras fundamentais da escrita e meio caminho para o sucesso. A comédia autobiográfica pode, por vezes, ser auto-indulgente (de notar que os dramas autobiográficos, também), mas as boas e bem escritas tornam-se casos de sucesso. Usam o conhecimento íntimo das vidas dos seus criadores para expor as verdades que vão ressoar para um público que não passou pela mesma experiência. Better Things é 100% humana e 100% obrigatória.




10
Jun17

Harlots | Temporada 1. A intimidade da prostituição!





“1763. London is booming and one in five women makes a living selling sex.”

São estas as primeiras palavras da nova série da Hulu, Harlots e assim, logo nos segundos iniciais, o tema central da série fica esclarecido de forma bastante clara. 

Esta espécie de apresentação pode, no entanto, enganar os espectadores. E por isso permitam-me o esclarecimento: Harlots não é uma série sobre sexo e também não emite qualquer tipo de julgamento acerca das mulheres e da profissão que aborda.

A abordagem ficcional da prostituição não é novidade na televisão. Ultimamente temos vários exemplos: há bordéis em Game of Thrones, Deadwood, Westworld, Taboo, Sons of Anarchy, Boardwalk Empire, True Detective, Ray Donovan, entre tantas outras. Obviamente que tenho que fazer uma referência mais particular à brilhante The Girlfriend Experience, que aborda a prostituição de uma forma mais intima e centrada numa única personagem. 







Vistas muitas vezes através da perspectiva masculina, as prostitutas são apresentadas como  mulheres com coração de ouro a que o cavalheiro não resiste, como prostitutas em perigo de vida em que os heróis masculinos da série têm que salvar. Às vezes só se prostituem para sustento da família e outras vezes para alimentar vícios. Algumas vezes, são simplesmente prostitutas mortas, objectos de estudo para uma investigação cientifica e policial. 

Mas em Harlots, a história das prostitutas não se limita à caridade, aos infortúnios do destino nem sequer ao sexo. As prostitutas e estrelas principais da série são acima de tudo, mulheres de negócios. 

A série Hulu, que estreou em Março, não se limita a manter um argumento cuja história se passa dentro das paredes de um bordel, a série aborda as profissionais de sexo em Londres do século XVIII. É a perspectiva e a história de vida destas mulheres que impulsiona a narrativa e como parece diferente a prostituição vista do ponto de vista de mulheres de negócios! 

Harlots é uma abordagem franca de mulheres forçadas a entrarem numa profissão por pobreza, por opção ou nascimento mas que não são tristes ou desesperadas. As cenas de sexo não são excitantes ou demasiado explicitas, nem sequer são horríveis, gratuitas ou filmadas com algum tipo de julgamento - são simplesmente um acto/exercício do trabalho.

Os corpetes não são rasgados no acto de paixão mas há saias que são levantadas por uma questão de prática ou de gestão de tempo. É na vida das mulheres - além dessas transacções pagas – que está a verdadeira história.








A família Wells está a tentar construir um pequeno império através da prostituição. Margaret (Samantha Morton) é a dona do bordel. Esta mulher já nasceu nesta vida: a sua própria mãe vendeu-a aos 10 anos em troca de um par de sapatos. Mas ao invés de se entregar à infelicidade, soube aproveitar o que o pior da vida lhe deu e conseguiu aquilo que grande parte das mulheres inglesas em 1700 nem sequer imaginaria ser, Margaret é uma empresária. É também, em certa parte, a proxeneta das suas próprias filhas, Lucy (Eloise Smyth) e Charlotte (Jessica Brown Findlay). Nesta mulher, qualquer instinto maternal que se identifique é contrariado pelo seu objectivo máximo: o de arrecadar dinheiro suficiente para comprar uma casa no bairro sofisticado de Soho e assim conseguir que o seu negócio de sexo alcance públicos com mais posses e influências. 

“Money is a woman’s only power in this world (…) This city’s made of our flesh, every beam, every brick. We’ll have our piece of it.”, argumenta Margaret. 

Mas infelizmente para a experiente mulher, há concorrência – a Madame Lydia Quigley (Lesley Manville), dona de um dos bordéis mais antigos de Londres e situado na zona mais respeitável da cidade. Lydia faz de tudo para destruir os negócios de Margaret, e vice-versa. As tácticas brilhantes e implacáveis que usam para minarem e estragarem os planos das rivais, são maleficamente fabulosas. 

Os oito episódios foram inspirados pelo icónico Harris’s List of Covent Garden Ladies,  um directório para a prostituição de Londres, escrito por clientes e proxenetas no século XVII. Esta espécie de guia foi publicado por quase 40 anos. Era uma tipo de “guia auxiliar” para os turistas e clientes do “comércio sexual” e eram compiladas as especialidades, os talentos e os atributos físicos das prostitutas na área. 

Criada por Moira Buffini e Alison Newman, a equipe de produtores e argumentistas da série é em grande parte feminina, o que explica parcialmente por que Harlots tem um novo olhar sobre esta histórica profissão.








A escolha de Brown Findlay (a Lady Sybil da saudosa Downton Abbey) como a destemida Charlotte foi um golpe de génio. Entre o pó de arroz, as excêntricas vestes e as perucas, é uma linda mulher e profissional audaz - um contraste com os papéis limitados das damas da época. 

Harlots não é uma proclamação feminista que reformula o negócio do sexo como algo de nobre. É uma série em que as prostitutas são tratadas pelos argumentistas ao mesmo nível de humanidade e de importância que aqueles que historicamente usaram e definiram este negócio. São abordadas, sem pudores relações entre pessoas do mesmo sexo e inter-raciais. Aqui, os homens desempenham um papel de apoio para as estrelas principais da série: as mulheres complexas, astutas e corajosas que, tal como os seus clientes, têm ambições e objectivos.

Uma nota de grande destaque ao guarda-roupa e cenários. São absolutamente arrebatadores. 




Pleasure has a price!

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Ana Sofia Santos: blog.girl.on.film@gmail.com

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