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girl on film

by ana sofia santos

04
Fev19

"Made by Britain" um anúncio British Airways com Olivia Colman e Gary Oldman

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Para celebrar o 100 aniversário, a British Airways divulgou uma nova campanha.

O anúncio, desenvolvido pela Ogilvy UK é mais do que publicidade, é uma espécie de carta de amor à Grã-Bretanha. Os actores Olivia ColemanGary Oldman, o pugilista Anthony Joshua, a cantora Paloma Faith, a astronauta Helen Sharman e o artista Grayson Perry são apenas alguns dos nomes desta campanha. 

 

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28
Jan19

Opinião ▪ The Favourite | Yorgos Lanthimos. 2018

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Em 1708, a Grã-Bretanha está em guerra com França. A excêntrica Rainha Anne (Olivia Colman) governa, atormentada por problemas de saúde. É indiferente à política, economia, diplomacia do seu reino e é propensa a acessos de birra. A pessoa mais próxima de si, a sua conselheira e na verdade, a verdadeira monarca é Sarah Churchill, a duquesa de Marlborough (Rachel Weisz) mas quando a prima deposta desta, Abigail Hill (Emma Stone) chega à corte - na desesperada procura de asilo e de emprego - tudo muda, quer no pais quer no enredo palaciano. Estas três mulheres são as personagens principais de The Favorite - as mais intensas, ricas e complexas interpretações no Cinema em 2018 – e por isso a nomeação das três aos Oscars é mais do que merecida e justificável. 

 

 

29
Ago17

Fleabag | Temporada 1. A arte da comédia!


... Ou a comédia em torno da tragédia!

Nota da redação: sim, é uma série mais apropriada para o público feminino, no entanto, tenho a certeza que se o mais macho dos machos vir algum episódio ou a totalidade desta primeira temporada da série Amazon, não sofrerá nenhuma espécie de castração por castigo divino.

No minuto em que Frank Underwood usou o seu tempo de antena para falar diretamente com o público, muito mudou. A nossa percepção, interação e empatia com uma personagem não voltou a ser a mesma.

Phoebe Waller-Bridge percebeu isso e escreveu uma série em que a personagem principal dialoga com o espectador, só que, em vez de nos preocuparmos com as lides políticas do mundo contemporâneo, passamos a ter como foco, a vida de uma mulher que quer sobreviver, superar os seus problemas e ter uma vida sexual competente.

A magnífica Waller-Bridge é a autora e protagonista de Fleabag, uma série sobre uma mulher desenfreada que tenta sobreviver numa Londres moderna, enquanto aprende a lidar com a morte da melhor amiga, uma família disfuncional, problemas financeiros e má gestão das relações amorosas.

Para lidar com a vida difícil, Fleabag termina constantemente com o peculiar namorado, Harry (Hugh Skinner) e durante os períodos em que está solteira, dorme com quem lhe apetece de forma a evitar estar só. Fuma, bebe e provoca pessoas, tudo para evitar as dolorosas lembranças que testemunhamos quando vimos os flashbacks – usados como momentos de honestidade viciante. O argumento - escrito de forma exímia - não dá ao espectador um minuto de descanso.








Fleabag pode ser indexada entre as mais conceituadas comédias femininas de cariz sexual mas é mais mordaz e sexual do que Sex and the City e mais politicamente incorrecta do que Girls.

O humor é adulto, usado sem medos ou pudores. As piadas podem até não ser novidade para o público mas a forma como está escrita e filmada nunca antes foi feita em televisão, pelo menos, não com tanto charme envolvido.

Waller-Bridge tem um timing imaculado, uma cara bastante expressiva, um sorriso irónico e uns olhos impressionantes. É o soberbo trabalho da actriz que quando conjugado com a sua mestria na escrita que torna os seis episódios de Fleabag num dos melhores acontecimentos da televisão actual. 

Todo o elenco secundário merece elogios. Todos fazem parte da história e até aqueles que se limitam a entrar em cena para simplesmente estarem sentados no metro ou a carregar o telemóvel no café, fazem a diferença. E depois existem personagens simplesmente intitulados como “Arsehole Guy” ou “Woman in Sex shop”… e dito isto, tirem as vossas próprias conclusões!

Bill Paterson e a genial Olivia Colman são, respetivamente, “Dad” e “Godmother”, a madrasta, na verdade. Este casal são provavelmente os “pais” mais complexos da história da televisão. Se nos primeiros episódios achamos que são maus progenitores, conforme a história avança, vamos percebendo que não são só maus, são maus ao quadrado. Colman é severamente passiva agressiva, e controla a 100% o pai de Fleabag com manipulações tão incrivelmente surreais que rapidamente a tornam numa figura absolutamente horrífica. Olivia Colman é, como habitualmente, genial.

Em Fleabag existem vários tipos de dinâmicas entre as personagens. A personagem principal tanto interage de forma surreal com a família, como com desconhecidos e todas as cenas são desenvolvidas com uma precisão absoluta. Tudo tem um timing impecável e até as cenas que descrevem elementos do passado servem para tecer as personagens de forma eficiente e ininterrupta, sem trair a autenticidade do dia-a-dia da vida de Fleabag.

Fleabag mostra um olhar contemporâneo sobre a vida e ultrapassa o patamar da ficção porque é altamente relacionável. Ao contribuir com uma nova e fresca perspetiva em torno de relações desagradáveis ou com o sofrimento, a série possui um tom singular que, transmitido através de brilhante desempenho da actriz principal, "fala" diretamente connosco, mesmo quando o diálogo direto não acontece. A serie é uma comédia, é uma história crua e directa que retrata de forma intima e intensa, o luto, a solidão e a disfuncionalidade que todos nós, em certos momentos da vida, experienciamos. Com menos ou mais intensidade, todos somos Fleabag!







Que a segunda temporada não tarde em chegar. Quero mais. 



Contacto

Ana Sofia Santos: blog.girl.on.film@gmail.com

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