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girl on film

by ana sofia santos

07
Mar19

Opinião ▪ Captain Marvel | Anna Boden, Ryan Fleck. 2019

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O feminismo está na moda e por isso podia fazer aqui uma divagação imensa sobre o facto de que o que distingue este filme dos outros projectos Marvel é o facto de que este tem como protagonista uma mulher mas será isso mesmo necessário? Não me parece.


Fazer essa ode ao feminismo seria desvirtuar aquilo que o filme Captain Marvel pretende ser, um filme sobre um super-herói que desta vez é uma mulher e cujos poderes não provêem de Deus, Criador da Humanidade mas sim através de uma força alienígena.


Os heróis Marvel formam uma espécie de panteão, onde há deuses, heróis e semi-heróis, etc. de todas as formas e feitios, oriundos de planetas diferentes, de todas as cores, com várias orientações sexuais e até com ideais políticos distintos. A Marvel em muitas mulheres com poderes: tem humanas com treino militar russo e volumosos atributos físicos (sim! Black Widow), tem a “assassina mais perigosa da Via Láctea”, Gamora - a filha adoptiva de Thanos e tem por exemplo a indomável mutante telepata e telecinética Jean Grey, que brevemente vamos ver nos Cinemas com o filme Dark Phoenix. Portanto se há coisa que não falta no Universo Marvel são mulheres poderosas.


Captain Marvel conta a história de Carol Danvers e da sua transformação num dos heróis mais poderosos do Universo – uma mulher dividida entre a Humanidade que pouco se recorda e que se vê envolvida numa guerra entre duas raças alienígenas. O filme de Anna Boden e Ryan Fleck é cronologicamente situado na década de 1990, antes da apresentação oficial de todo o panteão Marvel e pré S.H.I.E.L.D.

 

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Brie Larson é a protagonista de dois dos meus filmes favoritos: Short Term 12 e Room e só por isso merece o meu respeito. Como Captain Marvel, Larson é bem-humorada e destemida mas – por culpa das opções da adaptação – é na verdade é somente uma espécie de fita-cola entre os 21 filmes do universo Marvel. As referências a outros acontecimentos ou personagens são constantes e a presença de Nick Fury (Samuel L. Jackson) e de Phil Coulson (Clark Gregg) não nos fazem esquecer disso.


O melhor do filme não é a história, não são de todo os efeitos especiais que deram menos idade a Fury e mais peso a Coulson, é Ben Mendelsohn, com a sua forma única e inimitável de falar é perfeito no papel de vilão que afinal não o é. No restante elenco secundário, o “gato” Goose é a estrela maior e perante ele, Jude Law, Annette Bening, Djimon Hounsou, “desaparecem”. Uma nota breve para o facto de que mesmo que por breves momentos, é sempre um gosto rever Lee Pace como Ronan.

 

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O maior problema do filme é que apesar de todas as justificações dadas através de pesquisas num arquivo ou via flashback, nunca nos é mostrado o suficiente sobre quem é a personagem principal, quais são os seus defeitos e que atributos fazem dela a poderosa heroína em que se transformou. No fim do filme chega a estranha certeza: a apresentação da Captain Marvel tem um único propósito: a de não esquecermos os acontecimentos finais de Avengers: Infinity War e, ouso afirmar, a de ser um teaser ou prefácio para Avengers: Endgame.

 

Título nacional: Capitão Marvel
Data de estreia (Portugal): 06.03.2019

 

Trailer:

Contacto

Ana Sofia Santos: blog.girl.on.film@gmail.com

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