girl on film

Foi em 1992 que aconteceu o cruzar de pernas mais erótico da História do Cinema. Aliás, só essa cena poderia ser contemplada com tempo de antena nesta rubrica. 

Basic Instinct (em Portugal, Instinto Fatal) é um suspense erótico realizado por Paul Verhoeven, com argumento de Joe Eszterhas.

A história é simples: Johnny Boz uma antiga estrela de rock e proprietário de um clube nocturno em São Francisco, é encontrado morto na cama. O caso é entregue ao detective Nick Curran (Douglas), que - apesar de recuperado - possui um passado de alcoolismo e de consumo de drogas. A principal suspeita do crime é Catherine Tramell (Stone), uma atraente e manipuladora escritora. 

A psiquiatra da polícia, Beth Gardner (Jeanne Tripplehorn), ex-namorada de Nick, é convidada a participar nas investigações, depois de se descobrir que o homicídio de Boz foi copiado directamente de um dos romances de Catherine. Nick acaba por se envolver demasiado e todos parecem ser suspeitos.

Muito longe de ser um filme competente no sentido cinematográfico do termo, foi um filme que abalou os espectadores, não pela história em si mas pelo erotismo que envolvia as personagens principais e que ao juntar sexo ao crime, alterou os instintos de quem o viu. 

A beleza e sex-appeal de Sharon Stone contrastaram com a rigidez, a inexpressividade e o feio sexy e hormonal de Michael Douglas.

Estamos em 1992 e o detective Michael Douglas persegue a suspeita Sharon Stone numa discoteca em São Francisco com sexo, drogas e músicas de Channel X - Rave the Rhythm e Blue de LaTour. O realizador e produtor Jacques Peretti disse - em tempos - que esta cena era "um momento Citizen Kane das cenas filmadas em discotecas... em que Michael Douglas com uma camisola em decote V e sem t-shirt por baixo (um detalhe importante que representa um homem de meia idade a "transpirar sexo") observa Sharon Stone, que provoca a sua masculinidade ao entregar-se a uma mulher numa dança de carácter bastante sexual. 

Aparentemente, esta cena não foi filmada numa discoteca verdadeira, mas sim num set em Hollywood inspirado no famoso Limelight Club, em Nova York.

A série Sex and the City revolucionou a televisão. Foi uma série que marcou o fim dos anos 90 e a chegada do século XXI. Quatro mulheres solteiras e modernas vivem numa das maiores cidades do Mundo: Nova Iorque. 

Mas Sex and the City foi importante porque deu voz às mulheres. Carrie Bradshaw, Samantha Jones, Charlotte York e Miranda Hobbes representaram mulheres que até então não sabiam ser possível falar da sua sexualidade de forma livre e despreconceituosa. As quatro amigas são um símbolo de liberdade e modernidade mas das quatro nenhuma supera a personagem Samantha Jones de Kim Cattrall. 

Enquanto que Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker) ficou para a eternidade como símbolo estético e representante da Moda, foi Samantha que colocou Sex and the City no patamar dos maiores de 18. Desbocada, malandra, destemida, implacável e sexual, Jones, seria facilmente uma escolha possível para qualquer edição desta rubrica. Entre os seus momentos, inúmeros podiam ser escolhidos mas o meu eleito foi o "funkiest tasting spunk" do episódio nove da terceira temporada: Easy Come, Easy Go. Divirtam-se: 

Escolher uma cena do filme para constar nesta rubrica não foi fácil. Quem viu o filme sabe que a abordagem ou o comportamento sexual da personagem principal não é a mais saudável ou recomendável. 

A cena que elegi e apesar do transtorno obsessivo-compulsivo de Brandon, continua a fazer transpirar qualquer mulher que preze a sua essência feminina e sexual. Estas palavras a saírem da boca de Fassbender é nada mais nada menos, que erotismo em estado puro.